O Projeto de Lei 6606/09, do Senado, determina que os clubes de futebol sejam constituídos na forma de sociedades comerciais. Conforme o projeto, que está em tramitação na Câmara, todas as responsabilidades e penalidades previstas na legislação para os diretores, sócios e gerentes de sociedades comerciais também se aplicarão aos dirigentes, acionistas e cotistas dos clubes.
O clube-empresa é uma forma de organização dos clubes na forma de sociedades empresáriais com finalidade lucrativa. Historicamente, os clubes se organizaram em associações ou sociedades civis sem fins lucrativos. Isto porque o esporte era, no passado, amador, em que, de fato, não se almejava lucro. Atualmente, com a realidade do futebol moderno, surgiu a possibilidade de converterem-se clubes associativos em empresas. Esse modelo é bem visto pelos órgãos públicos, já que uma empresa é mais fácil de ser fiscalizada do que uma associação. O modelo também favorece clubes que pretendem trazer investidores para o seu capital.
Se a modificação vai da certo,depende de cada clube.Existem exemplos benéficos pros dois lados.Na Espanha por exemplo,os times tem forma de administração semelhante a que os times do Brasil utilizam e mesmo assim, tais clubes conseguem ter sucesso ,além de terem administrações muito modernas. Na Inglaterra, por outro lado, os clubes adotam a forma de empresas, já que é bastante comum a aquisição de clubes por investidores nacionais ou estrangeiros, e também a abertura de capital de alguns clubes.
No Brasil será muito difícil que essa lei dê certo,pois a redação é muito confusa ,as entidades que administram o nosso futebol são mais confusas ainda.A modernidade e o sucesso da administração de um clube não está diretamente ligado a conversão do clube em empresa. Na verdade, o sucesso está no comprometimento de seus administradores, e da transparência e acesso nas suas gestões, e também no sucesso dentro de campo. E isso se pode conseguir com ou sem a forma de clube-empresa. A opção de conversão deve ser exclusivamente dos clubes,dependendo da situação de cada um e das pretenções futuras. No Brasil, apesar de a Lei Pelé tentar regular tudo,não temos um ambiente seguro para os clubes se transformarem em empresas.
Publicada na coluna Futebol entrelinhas,na 46° edição do jornal Correio Eletrônico.
terça-feira, 30 de março de 2010
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Um comentário:
É realmente complicado pelos motivos q vc mesmo descreveu. Além do q no Brasil, os clubes virariam balcão de negócios e dificilmente teríamos um time por muito tempo. Mas apenas revelando, valorizando e vendendo. Não muito diferente do q é hj. Mas pode ser q se torne mais corriqueiro.
Abços
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