O Morumbi não será mais uma das sedes da copa.Mas qual foram os verdadeiros motivos? Inviabilidade financeira?Rivalidade política?
O que está ocorrendo, na verdade, é uma briga política intensa. Há uma ala de dirigentes – composta entre outros pelo presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, e pelo presidente do Corinthians e atual chefe da delegação brasileira na África, Andrés Sanchez – que está muito interessada na construção de um novo estádio na cidade São Paulo.
Por sua vez, o interesse de Ricardo Teixeira, que também é presidente da CBF, é o de dar um troco no presidente são-paulino Juvenal Juvêncio, que virou seu grande rival político. A exclusão do Morumbi seria, então, um revide nas atitudes políticas de Juvenal contrárias aos interesses de Teixeira, como na recente eleição do Clube dos 13, quando o cartola são-paulino votou em Fábio Koff, em detrimento do candidato apoiado pelo presidente da CBF, o carioca Cleber Leite. Koff ganhou a eleição.Coincidência ou não, Andrés Sanchez votou no candidato de Teixeira e ganhou de presente a chefia da delegação na África.
Um dos dirigentes que mais vibrou com a exclusão do Morumbi foi o corintiano Andrés Sanchez, que sonha em construir um estádio para seu time. Por tabela, o novo estádio seria o palco paulista da Copa de 2014. Essa seria a grande notícia que ele sonha dar para a torcida corintiana no ano do centenário do clube. O grande presente após o fiasco na Libertadores.
Teria surgido nos bastidores a informação que Teixeira jogaria água no chopp de Juvenal, tirando o Morumbi da Copa. As posições políticas contrárias são os reais motivos para o veto ao estádio.
Com o passar do tempo, a Fifa fez exigências gigantescas para a reforma do Morumbi, como o rebaixamento do gramado e a junção do anel inferior e intermediário das arquibancadas. Teixeira sabia que esse tipo de reformulação sairia muito cara e que o São Paulo não teria como arcar com tais custos.
Como sabia que uma dívida de R$ 630 milhões seria quase “impagável”, o São Paulo mandou para o comitê organizador e para a Fifa as garantias financeiras para um projeto mais simples, que custaria cerca de R$ 250 milhões. Ricardo Teixeira aproveitou o fato e vetou de vez o Morumbi.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
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